domingo, 11 de janeiro de 2009

Motivação e liderança

O homem age porque é submetido a motivos, seja de dentro para fora, impulsionando-o, seja de fora para dentro, puxando-o. Ao agir, ele influencia as pessoas, em maior ou menor grau e, em alguns casos, assume o papel de acionador de pessoas, manipulando, consciente ou inconscientemente, os motivos capazes de mobilizá-las para alcançar certos objetivos. Nesse caso, se os influenciados agem por livre e espontânea vontade, está-se diante de um líder. Se o influenciador o faz profissionalmente, visando à obtenção de resultados em troca de pagamento, independente do afeto dos seguidores, está-se diante de um gerente, que pode ou não ser líder.

A situação ideal ocorre quando o gerente é um líder, e quando os dois podem agir com conhecimento de causa sobre os fatores que afetam a conduta humana. Esse ideal se completa quando o indivíduo, seja líder ou seguidor, ou ambos, dependendo das circunstâncias, age com conhecimento profundo sobre a natureza humana, sua e do outro. Assim, o tema motivação e liderança torna-se vital para que as organizações humanas sejam produtivas e os seus trabalhadores se realizem no trabalho, mas é também um tema muito sensível, pois pode entrar em jogo a manipulação pura e simples quando prevalece o interesse de servir-se do outro ao invés de servir à sociedade.

São três as grandes linhas de explicação dos motivos humanos: a psicanalítica, a humanista e a comportamentalista. A primeira teve Freud como seu principal teórico; a segunda Abraham Maslow e a terceira, Skinner. Freud defendeu que o ser humano se move por três motivos principais: o poder, a amizade e a realização. Maslow defendeu que o homem age para satisfazer as necessidades básicas que estão dentro dele, e são intrínsecas ao seu existir, que são: fisiológicas, de segurança, sociais, de estima e de autorealização. Skinner defendeu que o homem não tem liberdade para agir, mas que apenas reage, como um organismo, aos estímulos que o ambiente lhe submete.

As pessoas intuitivas não se apegam a nenhuma dessas teorias, embora possam agir como se tivessem escolhido um ou outro desses pressupostos. Eventualmente, agem de forma pragmática, parecendo mudar de pressupostos para conseguir os seus objetivos ao lidar com pessoas. Como líderes, elas influenciam e geram ações com o menor esforço possível; como gerentes, elas geram resultados e fazem o que julgam mais correto para conseguir mobilizar as pessoas. Quando se dão ao trabalho de refletir, agem como líderes situacionais, manipulando os motivos que podem gerar resultados no contexto em que estão. Em todos os casos, elas agem a partir de um jeito pessoal de ser que decorre da combinação do seu temperamento – de natureza genética -, e do seu caráter – cultivado sob as condições culturais prevalecentes.

Compreender os motivos que afetam a ação humana, as características do líder, nato ou cultivado, e como tudo isso afeta o gerenciamento visando à obtenção de resultados específicos, é fundamental para a realização do potencial produtivo das organizações humanas em geral. O processo de comunicação humana é a ponte que ligará as pessoas de modo que produzam em comum. A comunicação, como ação comum e unificada, visando a fins escolhidos depende, pois: do conhecimento dos motivos que movem as pessoas, da existência de uma rede de líderes em ação, que esses líderes sejam orientados para a gestão dos recursos visando ao alcance de fins estabelecidos e que dominem o processo de comunicação humana.

É importante, sobre o tema: partir das experiências de vida de cada um; conhecer as teorias básicas, estudar o perfil de líderes representativos, estudar as práticas de motivação e liderança nas empresas com credibilidade e, finalmente, sintetizar o assunto para uma eventual aplicação dos princípios extraídos dos estudos e observações feitas.

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